Friday, December 9, 2011

Cuidado: Crianças

Não consegui captar o que o sujeito pretendia com esse anúncio.



É pra se ter medo das crianças? É pras crianças se cuidarem? É um anúncio de uma pessoa se oferecendo pra cuidar de crianças?

Infelizmente, temo que nunca saberemos a resposta para essas perguntas...

Thursday, December 8, 2011

Doesnt matter, had sex

Contrariando as estatísticas e a descrença popular, parece que este malfadado blog possui um(a) leitor(a)!

Após relatar aqui aquela tentativa de cumprimento de mandado na casa de um tiozinho - tentativa esta que terminou numa sala escura, com fotos de mulheres seminuas sendo exibidas num velho computador, enquanto eu temia ser estuprado - o suposto leitor fez, nos comentários, a seguintes indagação:

Tem que haver continuação, meu caro. Como eram os atributos físicos da destinatária do mandado?

Acredito que a curiosidade do leitor tenha sido avivada pelo fato de eu ter mencionado que, segundo informações de seu senhorio e de vizinhos, a moça ganharia a vida de forma não ortodoxa, dando afeto e carinho para homens solitários em troca de dinheiro.

Pois bem, dando continuidade ao relato, naquele mesmo dia retornei ao endereço indicado e consegui encontrar a moça. Pra minha decepção, a mulher era um bago. Não que eu seja bonito. Mas ela era bem acabadinha, apesar de não ter muito mais de trinta anos. Ela tinha uma aparência velha e cansada, nem um pouco atraente. Fora que o interior da casa dela era uma completa nojeira, com roupa suja jogada por todos os cantos e uma puta catinga de asa queimada.

De qualquer sorte, perante aquela pobre alma, estufei o peito e iniciei meu monólogo padrão de cunho jurídico-legal-filosófico-fuleiro, a fim de efetivar sua citação, tendo a moça exarado sua assinatura sem titubear.

Secretamente, enquanto proferia os termos do mandado, fiquei na esperança dela oferecer seus serviços de forma gratuita, em troca de uns dias a mais de prazo ou qualquer coisa que o valha, porém a trama da vida é muito diferente dos "enredos" dos filmes pornográficos. Infelizmente.

Ora pois, Monstrobook

Nas minhas últimas andanças por aquele odioso bairro intitulado "Rio Vermelho" - lugar menos aprazível da Ilha da Agônia, onde os maloqueiros imperam e a língua portuguesa é paulatinamente subjulgada - eis mais duas placas que fotografei:



Você confiaria seu "compultador" ou seu "notbook" a essa pessoa? Detalhe que o nome do lugar era "Digital Life Style". Pelo menos no inglês o cara mandou bem...



Se você vier a Fpolis, não visite o Rio Vermelho, pois é um bairro de merda, pois as pessoas são feias, pois as ruas não são calçadas...

Monday, November 28, 2011

Aderbal Ramos da Silva

Semana passada, fui tentar cumprir um mandado na casa de um tiozinho. Era um mandado de citação dirigido à inquilina do cara. Ela não estava em casa. Então, dei uma sondada com o tiozinho pra ver qual era o melhor horário pra encontrar a citanda em casa.

- É melhor tu voltar depois das 17 horas - o tiozinho me aconselhou - é quando ela chega em casa do trabalho.

- Ah, então tá. Obrigado, mais tarde dou uma passada aqu...

Mas antes que eu pudesse concluir minha despedida:

- Oh, tem como tu dar uma olhada aqui no computador no meu processo?

"Velho folgado", pensei, mas como sou um cagalhão, não sei dizer "não", e quando vejo, já estou num pequeno escritório, nos fundos da casa do velho, esperando o computador ligar. No que a parada é carregada, me salta aos olhos que o cara tem dezenas de fotos de mulheres em trajes sumários salvas na área de trabalho.

Ele tenta, em vão, conectar a internet 3G pra me mostrar os dados do processo dele. Agradeço a buddha que ele não tenha conseguido e já vou tentando iniciar uma nova despedida.

- Mas então tá, mais tarde eu vou ter que passar ai mesmo, dai já dou uma olhada no teu proce...

- Tu torce pro figueira ou pro avaí? - o velho filho-da-mãe me interrompe mais uma vez.

Digo que não torço pra nenhum dos dois. Diante da perplexidade do velho, explico que não sou de Fpolis.

Indiferente, o velho clica em uma das fotos salvas em seu desktop, e uma foto de uma moça com um pequenino shorts azul e uma micro camiseta do avaí enche a tela.

- Essa dai é a musa da torcida do avaí - o velho diz, com um sorriso sinistro no rosto.

- Ah, legal. Bonita - respondo, desconcertado, sem saber ao certo como reagir.

O velho então passa a exaltar a formosura e os dotes físicos da moça, enquanto uma vontade desesperadora de sumir dali começa a tomar conta de mim.

Digo que preciso ir. O velho me acompanha até o portão se queixando da morosidade do judiciário e de sua inquilina.

- É que ela é puta, sabe - o velho me explica, ao que respondo com um aceno de cabeça.

Finalmente nos despedimos. Embarco no carro. Parto pro próximo mandado.

Wednesday, November 23, 2011

O nazista da gramática

Nas minhas andanças pelos mais recônditos becos de Florianópolis, me deparei com os seguintes insultos à norma culta da língua portuguesa:

Essa eu achei na "Favela do Siri", localidade que é a prova viva de que o uso acentuado de substâncias emaconhantes não combina com o domínio da boa gramática.

Já essa foi tirada na localidade do "Sitio de Cima", ou seria "Sítio de Baixo"? Eu nunca sei qual é qual. Enfim, nessa dai o cara fez um triplo combo: acentuação, concordância e barbarismo.

Futilanópolis

Florianópolis é tipo uma Gaspar com mais trânsito.

Wednesday, October 12, 2011

Compras Coletivas: Hotel em Florianopólis

Eu estava vagando a esmo pelo centro da Ilha da Agonia, quando me deparei com isso.

Pacotes promocionais para Buenos Aires



Mini-mercado "Boinos Aires", localizado na região nordeste da Ilha da Agonia.

Testify

Esses dias, fui cumprir um mandado na casa duma velhinha. Me identifiquei e disse precisava conversar com a neta dela, que era a destinatária do mandado.

- Tá, mas como eu vou saber que tu é oficial de justiça mesmo?

- A senhora não tá vendo meu crachá, com a minha identificação funcional?

- Ah, mas qualquer um pode botar um crachá no pescoço e sair por ai dizendo que é oficial de justiça...

- Minha, senhora, eu posso lhe assegurar que eu não estou mentindo. Inclusive, a senhora pode ligar lá no fórum e confirmar.

- Tu jura mesmo que tu é oficial de justiça?

- Sim, minha senhora, eu juro.

- Jura perante deus?!

- Sim, juro.

- Ah, então tá bom, vou lá chamar ela.

Sunday, October 2, 2011

Como sair do cartório e ir trabalhar em gabinete

Tenho que compartilhar mais uma pergunta escrota formulada naquele curso que fiz semana passada.

Então o instrutor deve ter ficado uma meia hora explicando a diferença entre "termo" e "auto", que o primeiro é confeccionado pelo escrivão, e o segundo, pelo oficial de justiça. Simples assim. Qualquer pessoa minimamente inteligente teria captado a mensagem.

Mas não os ratos de gabinete, aquele pessoalzinho que fica catando cabelo em ovo, pelo simples prazer de tornar tudo mais complicado.

Encerrada a explanação, o instrutor indaga: "alguma dúvida quanto à diferença entre termo e auto?"

Até eu, que não sou dos mais inteligentes, compreendi perfeitamente a distinção, e acreditava que não havia margem alguma para dúvidas ou discussões

Nisso, uma ex-assessora de juiz levanta seu magrelo bracinho com o dedo indicador em riste: "Ai, professor, mas termo e auto são a mesma coisa?"

Educadamente, o instrutor respondeu que "não", e passou a repetir tudo aquilo que ele já havia dito até aquele momento, sobre como "termo" e "auto" são coisas distintas.

"Porra, é claro que são coisas diferentes. Tu não prestou atenção nas outras 50 vezes que eu falei isso?! Tu por um acaso tem merda embaixo dessa carapaça loira oxigenada?! Será que possuir todo o conhecimento jurídico do universo te tornou disléxica e incapaz de compreender qualquer tipo de explicação, por mais simples que ela seja?! Mas que merda!", era o que ele deveria ter respondido.

Juiz procura assessor

Semana passada tava fazendo um curso de capacitação pra exercer minha nova função. O curso foi ministrado aqui mesmo no além mar. Além de mim, havia uns outros 60 instruendos.

A maior parte da galera é oriunda de assessorias de juiz, os típicos ratos de gabinete, que adoram tornar tudo mais díficil. Inclusive, não sei se já mencionei aqui, mas dentro do grupo "baixarias em direito", os ratos de gabinete são o subgrupo mais desprezível. Imagine, os mais desprezíveis dos desprezíveis seres do universo: esses são os ratos de gabinete (ressalvada uma ou outra exceção, é claro)

Em dado momento do curso, o instrutor estava explicando como as certidões exaradas pelos oficiais de justiça devem ser simples, claras e concisas. "Ela deve conter apenas as informações mais essenciais", o cara falou.

Nisso, uma guria, que até um tempo atrás trabalhava com um juiz, indaga: "Ai, professor. Pode por jurisprudência na certidão?"

Educadamente, o instrutor respondeu que "não" e passou a repetir tudo aquilo que ele já tinha dito, sobre como a certidão deve ser elaborada sem viadagens.

Essa negada é muito burra mesmo, acha que é o máximo só por que já trabalhou com um juiz, mas fica fazendo essas perguntar escrotas. Porra, é óbvio que um oficial de justiça não pode por jurisprudência numa porcaria de certidão. Eu, que sou um merda, mas trabalho há quase 7 anos no judiciário, não consigo pensar em uma única situação na qual um meirinho precise citar jurisprudência numa de suas certidões, a não ser, é claro, que ele queira achar alguma desculpa pra não cumprir o mandado, ou, pior, que ele se ache o portador de todo conhecimento jurídico do universo e não queria cumprir a ordem judicial pois a considera "errada". Bem coisa de rato de gabinete mesmo

Saturday, September 17, 2011

Sir Francis Galton

Perto de onde eu moro, há uma praça intitulada de "Praça Santos Dumont". Mesmo durante o dia, ela é habitada por mendigos, hippies, maconheiros, universitários pseudo-comunistas, enfim, toda a desprezível escória da cidade de Florianópolis.

No entorno dessa praça há diversas vagas para se estacionar, as quais são diligentemente guardadas por "flanelinhas". Flanelinhas, na realidade, são mendigos um pouco mais astutos que ficam admoestando os incautos, a fim de obter uns trocados para comprar cana e entorpecentes.

E ali do lado dessa praça tem um supermercado, que de "super" não tem nada, mas muitas vezes me vejo obrigado a ir até ele comprar alguns itens emergenciais.

Então, ontem, lá estava eu cruzando a praça para ir ao referido mercado, quando me deparo com uma cena, no mínimo, lamentável.

Um flanelinha, totalmente embriagado, fazendo gestos de caratê, dandos socos e chutes no ar, enquanto berrava a plenos pulmões para alguém que só ele conseguia ver, ipsis litteris:

- Vem cá se tu homem. Vem cá! *grunhidos inteligíveis* Eu comi a tua mulher por trás, seu otário. Fiz a festa na buceta dela!

Nisso, passa uma pobre mocinha, a qual é interpelada pelo sujeito nos seguintes termos:

- Aquele cara não vale nada! Volta aqui, seu cagão!

Visivelmente constrangida, em silêncio, a rapariga apressou o passo tentando se desvicilhar do drogadito. Indiferente, o sujeito voltou a chutar o ar, enquanto agitava freneticamente as mãos, e fazia com a boca a sonoplastia de seus golpes.

Lamentável.

Monday, September 12, 2011

dependência + internet + tratamento

Hoje fui cumprir um mandado de intimação numa longínqua localidade da Ilha da Magia.

Cheguei na frente da casa e tive que bater palmas, sentido-me um completo paspalhão, uma vez que Florianopólis é uma cidade em que as residências não tem campainha.

Dai tá, me aparece a intimanda de pijama, pra variar. Isso numa segunda-feira às 11h da manhã.

Enfim, inicio meu monólogo padrão. A mulher assina a parada e eu dou uma via do mandado pra ela.

"Mas que que eu faço agora?", a mulher pergunta.

Faço uma longa explanação sobre o que ela deve fazer, a qual poderia ser resumida em uma única frase: "ligue pro seu advogado, mas antes que eu conclua meu raciocínio, a mulher me pergunta "tu é de onde?"

"Como assim 'de onde eu sou'"?, indago, aturdido.

"De que estado tu é?", ela torna a perguntar.

"Sou de Santa Catarina mesmo, de Blumenau", na realidade, como é do conhecimento dos inexistentes leitores deste blog, eu sou de Gaspar, mas quando me perguntam de onde eu sou, sempre digo que sou de Blumenau, por que ninguém conhece Gaspar, dai se eu digo que sou de Gaspar, nego faz aquela cara de cu e eu tenho que ficar explicando onde fica a porcaria da cidade de Gaspar no mapa de Santa Catarina, o que, no fim, não faz diferença nenhuma, por que o cara nem vai passar a saber onde fica Gaspar depois da minha explicação, inclusive por que, niguém dá a mínima pra Gaspar. Assim, eu facilito a vida de todos simplesmente dizendo que sou de 'Blumenau', que é uma cidade igualmente ruim, vale mencionar.

"Ah", ela diz, "é que eu sou de São Paulo, e tu não tem sotaque de catarinese, tens sotaque de paulista ou paranaense".

"Porra, sotaque de paulista/paranaense? Tá me tirando, mano? Perdeu a noção do perigo, o medo da morte? Ninguém me chama de Paulista, ou, pior ainda, de Paranaense", foram as palavras que me passaram pelo celébro naquele instante.

Contudo, externalizo apenas um consternado balançar de cabeça e os lábios contraídos. Despeço-me. Parto, em silêncio, pra próxima casa sem campainha.

Wednesday, September 7, 2011

reality show com lutadores de MMA

Então, essa semana, fui cumprir um mandado de intimação lá na região noroeste da Ilha da Agônia.

Após ficar meia hora batendo palma e buzinando na frente da casa de nº 210, me aparece na janela a intimanda. Era uma segunda-feira, 13 hrs da tarde, e a mulher tava dormindo. Porra, que tipo de pessoa tá em casa às 13 hrs da tarde de uma segunda feira dormindo?!

Mas enfim, me identifiquei, li o teor do mandado e pedi pra ela assinar a minha via.

"Ah, e seu eu não quiser assinar?", foi a primeira coisa que saiu da sua boca.

"Pra mim isso é indiferente, minha senhora, eu tenho fé pública e vou simplesmente certificar que a senhora se negou a assinar o mandado", foi minha resposta.

"Ah, então bota ai que eu não tava em casa", ela sugeriu...

Thursday, August 25, 2011

sem meias palavras

Então hoje rolou uma reunião com os Oficiais de Justiça lá do fórum onde fui lotado.

Os tópicos da reunião seriam: apresentação dos dois novos Oficiais de Justiça, plantão dos Oficiais de Justiça e a criação de uma nova zona de atuação dos Oficiais de Justiça daquele fórum. No entato, nenhum desses assuntos foi discutido, pois mal começou a parada, eu pude testemunhar um dos espetáculos mais lamentáveis (e engraçados) da minha breve carreira como funcionário público.

É que do nada, uma antiga animosidade entre os dois Oficiais mais antigos do fórum, um cara e uma mulher, eclodiu e os dois passaram a se agredir verbalmente, na frente da negada.

O momento mais hilário (e tenso) do negócio, foi quando a mulher se levantou da cadeira e, com o dedo indicador em riste, chamou o cara de "picareta" e que, se necessário "metia a mão na tua cara", ao que o sujeito replicou: "bate em mim se tu é mulher então". Ao fundo, assustada com toda aquela baixaria, uma outra funcionária começou a chorar.

Já tô vendo que vou conseguir muito material de qualidade pra publicar nesse blog trabalhando ali.

forever alone

Morar sozinho em uma cidade onde eu não conheço ninguém tem se revelado uma experiência deprimente.

Saturday, August 20, 2011

Gotham needs me

Pedi o boné em Trocken Arsch. Amanhã me mudo pra endiabrada Ilha da Magia, onde exercerei as funções de Juiz de Direito de 5ª Categoria Substituto ad hoc Vitalício, junto ao areópago local.

Meu gabinete será todo aveludado, com móveis em estilo art déco e vista para a Beira-Mar Norte, onde, diariamente, toda a merda produzida pelos moradores da Grande Capital é despejada sem qualquer tipo de tratamento.

A par de minha funções como julgador do destino dos homens comuns, utilizarei minha quitinete de 2m² como locação da continuação do clássico filme "As Diabas Catarinenses".

Friday, August 19, 2011

No clichê shall escape my sight

Essa semana estreou aquele filme "Lanterna Verde", nos cinemas. Não fui vê-lo ainda, mas, ao que tudo indica, dessa vez os roteiristas debéis mentais de Hollywood foram longe demais.

Bem, de início, o fato de, num planeta com mais de 6 bilhões de pessoas, 6 continentes, 192 países, os alienígenas bonzinhos terem escolhido um americano pra ser o Lanterna Verde não causa espanto; nem o fato de os alienígenas malvados terem escolhido uma cidade americana como ponto de partida de sua ofensiva à Terra.

O que causa surpresa, é que, dessa vez, um americano não salva somente o planeta sozinho, ele salva o universo.

E eu ouso apostar que o protagonista ainda encontra tempo para se perder numa sinuosa trama amarosa, enquanto combate sozinho todo o efetivo adversário...

The Continuing Story of Dry Ass

Era uma vez um fórum em que as estagiárias da juíza se achavam boas de mais para atender a porra do telefone...

Sunday, July 31, 2011

Spoiler alert!


Justo quando eu achava que o mercado já estaria saturado de filmes em que um americano sozinho salva a humanidade, enquanto todas as outras nações assistem inertes à destruição do mundo, estreia nos cinemas "Capitão America".

Sério, que tipo de imbecil escreve um roteiro em que um cara sozinho vence todo o exercito alemão? Ainda mais quando se vale daquela velha lenga-lenga: americanos legais vs. alemães malvadões.

Não duvidas, é claro, que além de derrotar sozinho todo o efetivo militar adversário, o protagonista ainda tem tempo de se envolver numa tórrida subtrama romântica repleta de altos e baixos.

Outro aspecto negativo são as 10 horas de duração, sendo que 97,5% das cenas são de chateérrimas sequências de violência gratuita. O restante do tempo, por óbvio, são cenas do Capitão América perdido em dilemas do coração.

E o final então, absolutamente inverossímil. Pô, o cara cai com um avião carregado de explosivos e não morre?! E pior, só acorda 70 anos depois sem ter envelhecido?! Esses roteiristas de hollywood realmente subestimam a nossa inteligência.

Saturday, July 30, 2011

Deus Sol: Versão comentada, ilustrada e aromatizada

Depois de publicar aqui uma lista das alcunhas que nós, estagiários do fórum de Witmarsum nos idos de 2005, usávamos para designar os adevogados mais notórios da comarca, achei que seria interessante declinar a origem/motivo de alguns daqueles apelidos.

- Boca man: por conta de algum tipo de problema gastro-intestinal, as entranhas de boca man exalavam uma fedentina repugnante.

- Deus: um imbecil que acredita piamente ser a mais superior das criaturas.

- Deusinho: um imbecil que pensa ser melhor que todas as outras pessoas.

- Oclinhos: um imbecil cuja assinatura parecia um pequenino óculos.

- Monk: um imbecil que sofre de sérios transtornos psicológicos, tal qual o personagem homônimo na finada série de televisão

- Nick-o-demus: nenhum motivo em específico, simplesmente o maior imbecil de todos os tempos.

- Simpaticíssima: um ser vil e desprezível que se escondia por trás de um sorriso branco e largo.

- Open mouth: boca aberta

Wednesday, July 27, 2011

As estagiárias

Na condição de chefe de secretaria master blaster do foro da comarca de Trocken Arsch, tenho sob minha batuta 6 estagiários, dois rapazotes e quatro mocinhas.

Das meninas, uma não se acanha em demonstrar todo o seu desprezo pela minha pessoa, uma fala "seje" e "menas, e a outra é uma completa descerebrada incapaz de manter sua matraca fechada por mais de 2 segundos.

Felizmente, restam-me apenas dois dias de "mandado". Decorrido esse prazo, retornarei a minha lotação de origem, no porão do fórum, onde sou o responsável por alimentar as caldeiras com carvão.

Deus Sol

Na falta de assunto, eis uma lista de advogados memoráveis da minha época de estagiário no Fórum da Comarca de Witmarsum:
- Cruzinhas
- Boca man
- Bufa girl
- Deus
- Deusinho
- Oclinhos
- Carequinha
- Monk
- Wolverine
- Formiguinha

Update em 28/07/11:

Após ler este post, Gatinho Siamês 2 me lembrou de alguns devogados militantes na comarca de Witmarsum que foram esquecido, quais sejam:
- Nick-o-demus
- Simpaticíssima
- Louco-mor
- Open mouth
- Big Daddy
- Chicletinho warrior

Saturday, July 23, 2011

Cú de porco

Durante aquele período não documentado, durante o qual eu e Irmão Wilson fizemos um curso na Ilha da Magia, foi necessário providenciar algum tipo de acomodação naquela cidade. Resolvemos, então, dividir um quarto de hotel.

Como decorrência, o seguinte dialogo se desenrolou na recepção de um certo hotel, no centro de Florianópolis:

- Oi, a gente queria reservar um quarto.
- Seria um quarto pra vocês dois?
- Sim.
- Duas camas de solteiro? - o recepcionista indagou capiciosamente, ao que Irmão Wilson replicou de plano:
- Não, só uma de solteiro.

Mal tinha concluído sua resposta, Irmão Wilson passou a rir ruidosamente. O pobre rapazinho da recepção, por sua vez, ficou nos olhando de maneira assustada.

Saturday, July 9, 2011

Bostatron

Ontem fui ver aquele filme "Transformers 3", no cinema. E não sei se eu é que sou um cara muito esquisito, mas, apesar de ser o blockbuster do ano, achei uma bosta. Na realidade, ele tá mais pra ballsbuster do que blockbuster.

Primeiramente, eu não suporto aquele Shia LaBeouf, sujeito que interpreta o mesmo personagem em todos os seus filmes: o anti-herói, insuportável e revoltadinho, que se redime de todos os seus pecados para vencer as adversidades e conquistar o coração de seu grande amor.

A subtrama romântica é uma merda também. Tiraram a Megan Fox e botaram uma inglesa de araque e de beleza exótica (leia-se: feia) pra fazer par romântico com o "proctagonista". De outra banda, admito que ela tem um corpanzil esguio e propício a prática de atos libidinosos, mas seu talento para atuação é comparável ao de uma bola de futebol.

Isso sem falar que o filme deve ter umas 15 intermináveis horas de duração, das quais 14 horas e 45 minutos são de cenas de robôs se digladiando gratuitamente. Os outros 15 minutos são do protagonistazinho salvando o mundo com as próprias mãos ou perdido em dilemas do coração.

Outro aspecto que contribui para a ruindade da película é aquela velha lenga-lenga subliminar de que os Estados Unidos é legal e a Rússia é malvada. Nem preciso dizer que, é claro, mais uma vez os aliens escolheram a "América" como ponto de partida da sua invasão intergaláctica e o Tio Sam avoca para si a difícil posição de porta voz e defensor do Planeta Terra, enquanto as outras nações assistem a tudo passivamente.

E é óbvio que, não obstante a supremacia tecnológica, militar, numérica e estratégica dos ET's, o filme termina com um americano salvando o mundo sozinho, como sempre.

Tuesday, July 5, 2011

O fusca do itamar

Por conta dos inestimáveis serviços que tenho prestado no Foro de Trocken Arsch, fui nomeado como secretário da parada por uns tempos.

O chefe de secretaria de um fórum, pra quem não sabe - além de receber uma polpuda gratificação, peruar no meio do alto escalão forense e ser cobiçado pelas estagiárias - é responsável por toda a parte administrativa do bagulho.

Então ontem, no meu primeiro dia na função, logo nas primeiras horas do expediente, recebo uma ligação dum sujeito me questionado por qual motivo as malditas bandeiras em frente ao fórum não estavam hasteadas a meio pau. "Por que deveriam?", foi minha resposta. "Oras", ele replicou, "a presidente decretou luto de sete dias por conta da morte do Itamar".

Em princípio, pensei em mandar o cara tomar no cu ou qualquer coisa do tipo. Afinal de contas, que tipo de idiota se importa se uma porcaria de bandeira tá hasteada, ou não, a meio pau? Se ainda estivéssemos tratando da morte de um verdadeiro ídolo nacional, alguém adorado pela massa como o Jacaré do "É o Tchan" ou o Chapolin Colorado, mas, porra, o Itamar Franco!?

Mas não, imbuído de parcela do poder estatal que me foi atribuída, contive minha reação inicial e, resignado, assenti monossilabicamente à sugestão do meu interlocutor. Despedi-me. Recoloquei o telefone no gacho. Desci de minha torre de marfim até a parte externa do fórum, onde, então reposicionei as malditas bandeiras. Sem esquecer, é claro, que a bandeira nacional deve ficar um pouquinho acima da municipal e da estadual, mas isso os letrados e inexistentes leitores deste blog já sabiam.

Muito obrigado, Itamar.

Tuesday, June 21, 2011

Brasil TeleCão

Desde que regressei a morar no Centro de Gaspar, em dezembro de 2010 - após passar quase dois anos morando no "bairro" Bela Vista - eu estava sem internet em casa. Por conta disso, durante esse período de mais de 6 meses, eu só obtinha acesso a rede mundial no trabalho e mendigando os outros. E essa era a razão da escassez e infrequência de atualizações.

O principal motivo que me obrigou a viver a margem do mundo virtual foi a total incompetência daquela empresinha intitulada de Brasil TeleCão e/ou Tchau dignidade, que, em pleno século XXI, nega-se a me disponibilizar uma porcaria de sinal ADSL, sob o argumento de que "não haveria portas disponíveis". Cornos!

Felizmente esse problema foi solucionado. Não graças à Brasil TeleCão, é claro. Finalmente volto a ter internet em casa e agora poderei atualizar este malfadado registro da minha vidinha cotidiana de forma mais frequente.

Friday, June 3, 2011

Método da tabelinha


Era uma sexta-feira, final de expediente. Monk, o escrivão, havia brevemente se ausentado do Cartório pra resolver alguma treta, deixando sozinhos eu, Louco Imóveis e Senhor das Trevas.

Naquela época, Louco Imóveis namorava uma guria que morava lá na casa do capeta, numa longínqua cidade do meio-oeste brasileiro. Porém, ela estaria na cidade naquele final-de-semana, a fim de passar um tempo com seu namorado bilontra.

Eu, então, me valendo da minha veia cômica trash, fiz um comentário do tipo: "ah, vai tirar o atraso esse final-de-semana então" ou qualquer outra alusão a pratica de atos libidinosos.

Louco Imóveis, por óbvio, achou meu comentariozinho engraçado. Porém, em resposta, ele disse que tal desiderato não seria possível, uma vez que a mocinha estaria "naqueles dias".

Passamos então a papear acerca das dificuldades impostas pelo metabolismo hormonal feminino à satisfação da lascívia masculina.

Nisso, Senhor das Trevas, que até aquele momento vinha ouvindo silenciosamente nossa conversa, interveio:

"Velho, se a minha namorada não quisesse dar por causa de menstruação, eu só ia dizer assim: 'ah, tais menstruada é? Então paga um boquete ai pra mim'".

Concluído esse brilhante ensinamento, Senhor das Trevas gargalhou ruidosamente.

Friday, May 27, 2011

High Hopes

Não sei se é do conhecimento dos inexistentes leitores deste blog, mas exerço cargo público no Foro Central da Comarca de Trocken Arsch. Minhas funções lá, resumem-se a sentar por 7 longas e intermináveis horas na frente de um computador e batucar num teclado amarelado, enquanto minha vida vai lentamente se esvaindo. Meu único alento são os 15 minutos de café, breve período em que sou libertado da bola de ferro e posso ir até a copa burilar as estagiárias, sem sucesso, é claro.

Em que pese essa rotina monótona, na qual todos os dias são exatamente iguais, na qual a única coisa a se esperar do futuro é o próximo salário e a única preocupação é conseguir pagar as contas até o dia 10, uma luz parece se desanuviar no longínquo horizonte.

Acabo de receber a notícia de que fui aprovado num concurso para um prestigioso cargo lotado no além mar.

Imagina que loucura, eu, um sujeito para o qual as pessoas não dão a mínima, investido de parcela do Poder Estatal. Sentado ao lado dos deuses da Suprema Corte de Justiça Green Belly, com certeza as coisas seriam diferentes. Eu não seria só mais um merda qualquer, eu seria o Dr. Merda Qualquer.

Se tudo ocorrer conforme o esperado, a nomeação deve rolar já no segundo semestre deste ano.

Como diria o cancioneiro popular: "Fé em deus, DJ!"

Samsung Galaxy Tab

Para aqueles que, como eu, levam uma vida inócua e sem sentido, trabalham num emprego de merda, são feios, carecas, peludos e de pinto pequeno, só há um jeito de se preencher o vazio que se sente por dentro: consumismo irracional, notadamente a aquisição de produtos eletrônicos caros e desnecessários.

Pois bem, acabo de adquirir um equipamento que ira resolver todos os meus problemas, um Samsung Galaxy Tab, que é, na realidade um tablet, mais especificamente, um ipad de podre.

Por intermédio de uma infinidade de aplicativos que podem ser baixados da internet e nele instalados, posso fazer uma porção de coisas maneiras, como, por exemplo, ver meus e-mails, twittar, ver vídeos, fazer ligações telefônicas, estudar, tirar fotos, papear no MSN, atualizar este malfado blog, et cetera. Só ficou faltando um aplicativo para pegar mulher e outro para fazer o meu pinto parecer maior à meia luz, mas tenho certeza que a galera do google já está trabalhando nesse sentido.

Por enquanto, a melhor utilidade que achei para meu novo brinquedinho foi impressionar a galera do busão, eis que se trata de uma tecnologia inédita na cidade de Gaspar, onde a maior parte das pessoas ainda vive no período Paleolítico.

Quero acreditar que referido aparelinho me ajudará a encontrar a resposta para as grandes questões que atormentam a humanidade: Qual o sentido da vida? Deus existe? Estamos sozinhos do universo? Existe vida após a morte? Afinal, tamanho é documento?

Meu cangi ferve nas veias


Dia desses tava de bobeira lá no Foro Central da Comarca de Trocken Arsch, onde ocupo um prestigioso cargo público, quando resolvi dar uma volta para aliviar as ideias. Em dado setor, qual não foi minha surpresa ao me deparar com o documento acima fotografado, cuja métrica poética e a correição orto-gramatical são impecáveis.

Segundo informações obtidas posteriormente, seria uma fracassada tentativa de se reproduzir a letra de uma conhecida música de merdanejo univesiotário, tão em voga hoje em dia entre a molecada débil-mental.

Wednesday, May 18, 2011

Los Betoneiras Revival: Explicado

Após a publicação da seguinte nota, em que exalto o reencontro da finada Ordem dos Betoneiras, ocorrido no último final-de-semana, na residência de campo do Rel. Des. Min. Louco Imóveis, uma enxurrada (fictícia) de e-mail encheram minha caixa de e-mails. Meus (inexistentes) leitores queriam saber maiores detalhes sobre os Betoneiras.

Pois bem, nos idos de 2004, a 5ª Vara Federal de Execução Penal da Subseção Judiciária de Witmarsum, contava com o seguinte efetivo: Monk, na condição de escrivão, Irlandês Maluco (eu), Sr. Ivan, Psicodênis (aka betodênis), Louco Imóveis, Senhor das Trevas e Gordinha Inominada, na condição de "escraviários".

Por conta das adversidades de trabalhar na pior vara do estado, criou-se um forte laço entre nós, à exceção de Senhor das Trevas, o qual é desprovido de alma e sentimentos, e Gordinha Inominada, por que ninguém sóbrio dá a mínima pra gordinhas.

Posteriormente, Paulinho Paulada, atualmente assessor para assuntos específicos do Rel. Des. Min. Louco Imóveis, foi aceito como membro honorário da ordem.

Como atividade recreativa, costumávamos nos reunir, semanalmente, para jogar basquete e beber de forma imoderada.

Formados, cada um seguiu seu rumo e a ordem ficou registrada apenas em nossas lembranças e figados.

Antes de encerrar, é de se ressaltar que Paulinho Paulada contava, na época, com apenas 15 anos, mas já tinha se divorciado judicialmente duas vezes, contava com três filhos e já sofria de cirrose. Feitos que, até hoje, não encontraram par.

Saturday, May 14, 2011

Los Betoneiras Revival

No último final-de-semana, a casa de campo de Louco Imóveis foi palco de um evento lendário: O Reencontro dos Betoneiras.

Contou-se com a presença das seguintes figuras emblemáticas: eu (conhecido no grupo como Irlandês Maluco), Louco Imóveis, Monk, Sr. Ivan, Paulinho Paulada, Psicodênis (aka betodênis) e Betoneira Jr.

Infelizmente o outrora integrante dos betoneiras conhecido como Senhor das Trevas não pode se fazer presente, pois não foi convidado.

A programação do dia se iniciou com uma acirrada partida de basquete, seguida de um churras que acabou descambando para a bebedeira inconsequente.

Agradece-se a Louco Imóveis que, na condição de desembargador substituto, bancou a festividade com recursos do Fundo de Reaparelhamento do Poder Judiciário.

Miss Simpatia: Vida e Obra

Era uma vez uma cidade em que todas as mulheres eram frígidas, sem bunda, sem senso de humor e sem graça.

Essa cidade se chamava Trocken Arsch, cuja suposta colonização alemã tanto orgulhava sua população.

Na realidade, as mulheres de Trocken Arsch eram tão desgostosas com suas vidas e tão incapazes de demonstrar qualquer entusiasmo e/ou espontaneidade, que davam um novo significado a expressão "loira gelada".

E no meio desse mar apático e inexpressivo que era a população feminina de Trocken Arsch, uma pseudo-alemoa conseguia se destacar: Miss Simpatia.

Ainda na escola, Miss Simpatia não conseguia compreender por qual motivo sua bunda era tão maior que a das demais meninas, afinal de contas, mulheres não tem bunda em Trocken Arsch. "Como é possível", ela pensava, enquanto lágrimas brotavam de seus olhos azuis; "será um castigo da divina providência?", ela indagava a si mesma, enquanto as demais crianças a chamavam de "cuzão", "bunda gorda" e muitos outros apelidos depreciativos que tanto lhe causavam tristeza.

Anos de bullying escolar e milhares de litros de lágrimas vertidas endureceram o coração de Miss Simpatia, tornando-a uma pessoa desmedidadamente (para os padrões da cidade) amargurada, rancorosa e infeliz.

Wednesday, April 20, 2011

Saturday, April 16, 2011

O Estudante de Direito Furbiano - Vol. I

Segundo consta nos anais da história, já houve um tempo em que os estudantes eram uma classe intelectual, socialmente engajada e lutadora.

Tanto é verdade, que na pseudo-germânica cidade de Blumenhell foi erigida a Praça do Estudante, a qual foi adornada com uma estátua em bronze de um estudante dotado das características acima nominadas.

Mas o tempo passou. Se outrora eram a nata intelectual da nação luso-tupi-guarani, hoje, os estudante universitários são a escória da sociedade. E dessa classe desprezível, aqueles que frequentam o curso de direito se destacam por sua alienação, estupidez e a completa ausência de bom-senso e/ou "celébro". Reles respondedores de chamada, o acadêmico de direito só precisa aguardar o transcurso de 5 anos para obter compulsoriamente, ao final, o seu diploma de "baixaria em direito". Já que, para se formar nas ciências jurídicas, não é necessário um único pingo de esforço ou dedicação, basta responder a chamada durante 5 anos. E o movimento estudantil do curso de direito? Nos dias de hoje suas atribuições se resumem a organizar festas com bebida liberada e congressos de fachada, cujo único propósito é a distribuição indiscriminada de Certificados de Atividades Complementares. Isso sem contar a possibilidade de seus "diretores" ludibriarem calouras incautas.

Isto posto, a fim de abordar as contradições existentes entre o estudante de direito de hoje e o de ontem, inauguro uma nova e despretensiosa série de cunho humorístico-zorra-totalense intitulada "O Estudante de Direito Furbiano".

Será que uma cabeça esculpida em bronze será rígida o suficiente para suportar a estupidez descomunal da mente do estudante de direito hodierno? É o que tentarei descobrir.

E para iniciar, uma representação pictográfica da única preocupação desses vermes:

Saturday, April 9, 2011

Mão Peluda mode: on

Conforme relato aqui registrado, dia desses, no que parecia ser só mais um dia normal, fui agraciado com uma pilha de revistas de "mulhê pelada", as quais achei dentro de uma sacola verde, numa ruela escura e imunda de Blumenau.

De posse das revistas mencionadas, com fins meramente pedagógico-científicos fiz uma análise pormenorizada do seu conteúdo. Cara, que decepção. Com todo o acervo inesgotável de putaria que pode ser encontrado gratuitamente na internet, que tipo de idiota paga 14 pratas por uma playboy? Isso sem contar que a maior parte do periódico é dedicado a piadinhas sem graça e/ou entrevistas com pseudo-celebridades e/ou matérias sobre o mundo cult. Sem brincadeira, na revista inteira deve ter só umas 10 páginas com fotos de mulher pelada mesmo, o resto é só bazófia.

Isso que eu nem entrei no mérito das fotos, a maioria de cunho pseudo-artístico, como closes do rosto da guria, ou em poses sensuais atrás duma cortina (!?).

Assim, sou forçado a concluir que ninguém em sã consciência jogaria 14 mangos no lixo para satisfazer sua lascívia, quando se é possível entrar no Google e procurar por "free porn.

Friday, March 25, 2011

fraglementos

- O que são placas tectônicas? - Gatinho Siamês pergunta.

- As placas tectônicas são, placas que ficam ventando, são placas de vento que trazem muitas desgraças para o nosso mundo - um de seus gafanhotos responde.

Acesse o blog oficial do Gatinho Siamês (aka Ted Love) para ler as sofríveis pérolas de seus gafanhotos.

* gafanhotosdogatinhosiames.blogspot.com

Art. 1275, III, do CC

A vida é mesmo cheia de surpresas. Dia desses, no que parecia ser só mais um dia de merda, eu e Wilson estávamos esperado por nossa carona pro trabalho.

Mal sabíamos que o destino tinha nos reservado um belo presente.

Então lá estávamos, esperando e papeando sobre o quão desprezíveis são nossos colegas servidores públicos. Enquanto conversávamos, passo o olho por algo que me chama a atenção e interrompo o papo.

- Que diabos é isso? - pergunto apontando para uma sacola verde, encostada contra uma parede próxima.

- Sei lá, parece que tem umas revistas ali dentro. - Wilson responde.

Wilson parecia estar certo. Realmente havia umas revistas naquela sacola. Resolvi inspecionar mais de perto. Me agachei e, com o dedo indicador em riste, abri um pouco mais a sacola, só o suficiente para ver a capa da primeira revista.

Qual não foi nossa surpresa ao ver que a sacola continha diversas edições diferentes de revistas de mulher pelada. Aquilo era um achado. Um presente da divina providência.

Tiramos as revistas da sacola e as inspecionamos, com fins meramente pedagógicos, numa plataforma próxima, conforme se depreende das imagens abaixo.



Fui obrigado a tirar as fotos, pois se esse relato viesse desacompanhado de um registro fotográfico, com certeza nego ia duvidar da minha palavra.

Mas no fim, a verdadeira dúvida é: como diabos essas revistas foram parar ali? a quem elas pertencem? será que foram abandonadas ou esquecidas?

Ato continuo ao achado, Wilson e eu procedemos a distribuição equânime das revistas entre nós dois para posterior fruição.

Saturday, March 19, 2011

Bazófias de Motocicleta

Naquele meu antigo blog, um dos personagens mais recorrentes era Louco Imóveis.

Os detalhes sobre Louco Imóveis são: é um exímio mestre na arte das gambiarras; faz um capilé como ninguém; despreza as leis e as convenções sociais estabelecidas; representa o movimento vida loK cabuloZa; é um aristocrata gasparense; é juiz de direito ad hoc no Tribunal de Justiça Barriga Verde; já trabalhei com ele na 6ª Vara do Trabalho da Comarca de Witmarsum...

Enfim, montado em sua CG 125, ano 88, Louco Imóveis empreendeu uma longa viagem de 29 dias pela América Latrina, objetivando trazer de países vizinhos mercadorias contrabandeadas e sem o recolhimento do imposto devido.

Segundo relatos oculares, a única bagagem que Louco Imóveis teria levado em sua viagi de 12.707 quilômetros foi um par de Havainas®, que foram delicadamente encaixadas no guidão de sua CGzeira.

No entanto, a versão oficial dessa viagem pode ser encontrada no seguinte link:

http://www.saharamaniacos.com.br/forum/viewtopic.php?f=23&t=8445

Do relato acima linkado, chamo a atenção para o momento em que Louco Imóveis solta a franga e quebra sua câmera digital, simplesmente por que ela não estaria retratando de forma fiel sua beleza singular.

Por fim, é de se exaltar que, como exemplar funcionário público, apesar de ter empreendido uma viagem de 29 dias, em nenhum dia seu ponto deixou de ser batido.

Saturday, March 12, 2011

Ab ovo

Era uma tarde de terça-feira. Eu, por minha vez, estava dando andamento a uma pilha interminável de processos. Infelizmente, para cada pilha que eu dava cabo, outras 3 eram impiedosamente despejadas na minha mesa. Enfim, parecia ser só mais um dia medíocre de trabalho.

Não me lembro exatamente quando, mas em dado momento meu chefe sai da sua sala e sentencia:

- Flores, preciso falar contigo na minha sala.

Ele não parecia putiado nem nada, então, a principio, não me preocupei.

- E ae, é bronca? - perguntei em tom jocoso ao entrar.

Ele não achou engraçado. Me mandou sentar e tirou uma folha impressa duma gaveta. Antes que qualquer palavra fosse dita, pude ver de relance que o conteúdo daquela folha me era absolutamente familiar. Um frio me subiu pela espinha. “Puta-que-o-pariu”, pensei, era a porra dum print-screen do meu antigo blog, mais especificamente de um post onde eu tinha tirado umas fotos de coisas engraçadas em processos judiciais daquele cartório e publicado na porcaria do blog. “Lá se vai meu estágio probatório”, conclui.

- Alguém me ligou hoje reclamando disso aqui – ele disse, quase esfregando a folha na minha cara – o senhor sabe do que se trata?

Eu queria ter dito que “não”, que “não sabia nem tinha nada a ver com aquilo”, mas estava acometido de tamanho pânico, que a única coisa que deve ter saído da minha boca foi um grunhido inteligível.

- E então? - ele tornou a perguntar

- Esse blog não é meu – menti hesitante

- Mas o senhor, obviamente, contribui pra ele, não é verdade?

- É, acho que sim – respondo, enquanto tentava imaginar quem teria sido o filho-da-puta que havia me dedurado

- Eu preciso que tu apague essa merda o mais rápido possível, antes que a juíza fique sabendo, se não a coisa vai ficar feia pro teu lado.

Tomando de pânico, balbuciou algo que deve ter sido um – Ah, ok.

Voltei pra minha mesa. Não fiz mais nada durante o resto do expediente, só pensando nas consequências da merda que eu tinha feito. De todos os blogs do mundo, como foram descobrir logo o meu, e logo aqui nessa merda de cidade? Eu tinha que apagar não só os posts das pérolas processuais, mas toda a porcaria do blog. Eu não poderia continuar escrevendo um monte de merda lá, sabendo que todo mundo do fórum poderia lê-las. O que seria da minha reputação forense, ainda mais considerando que esse bando de debeis-mentais que povoam o judiciário jamais entenderiam meu humor refinado e elegante, nem achariam graça dos meus relatos do Putanheiro-Mor, nem teriam simpatia por minha obsessão por Kid Bengala. Não! Todos me veriam com mais escarnio e desprezo ainda. Eu precisava abandonar aquele blog e criar um novo, um que fosse impossível de ser identificado e relacionado a minha pessoa. Assim eu espero pelo menos.