Saturday, September 17, 2011

Sir Francis Galton

Perto de onde eu moro, há uma praça intitulada de "Praça Santos Dumont". Mesmo durante o dia, ela é habitada por mendigos, hippies, maconheiros, universitários pseudo-comunistas, enfim, toda a desprezível escória da cidade de Florianópolis.

No entorno dessa praça há diversas vagas para se estacionar, as quais são diligentemente guardadas por "flanelinhas". Flanelinhas, na realidade, são mendigos um pouco mais astutos que ficam admoestando os incautos, a fim de obter uns trocados para comprar cana e entorpecentes.

E ali do lado dessa praça tem um supermercado, que de "super" não tem nada, mas muitas vezes me vejo obrigado a ir até ele comprar alguns itens emergenciais.

Então, ontem, lá estava eu cruzando a praça para ir ao referido mercado, quando me deparo com uma cena, no mínimo, lamentável.

Um flanelinha, totalmente embriagado, fazendo gestos de caratê, dandos socos e chutes no ar, enquanto berrava a plenos pulmões para alguém que só ele conseguia ver, ipsis litteris:

- Vem cá se tu homem. Vem cá! *grunhidos inteligíveis* Eu comi a tua mulher por trás, seu otário. Fiz a festa na buceta dela!

Nisso, passa uma pobre mocinha, a qual é interpelada pelo sujeito nos seguintes termos:

- Aquele cara não vale nada! Volta aqui, seu cagão!

Visivelmente constrangida, em silêncio, a rapariga apressou o passo tentando se desvicilhar do drogadito. Indiferente, o sujeito voltou a chutar o ar, enquanto agitava freneticamente as mãos, e fazia com a boca a sonoplastia de seus golpes.

Lamentável.

2 comments:

  1. A pracinha que tu fala é uma que é perto da universidade. Mais precisamente entre a universidade e o Comper?

    Eu ia lá quando morava em Florianópolis. Tinha a festa da laranja.

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