Vivia eu minha vidinha medíocre, onde nada de muito significativo, digno de ser aqui compartilhado, ocorria.
Quando, assim de repente, numa tarde nublada e fresca, interrompendo uma sequência de dias insuportavelmente quentes, a ponto de extenuar as glândula sudoríparas dos meus bagos, pois, como aqui já relatado, costumo suar muito no saco em dias quentes, um acontecimento memorável, na solidão cerrada em que sou obrigado a viver, se materializou.
Fui dar cumprimento a um mandado de prisão pelo não pagamento de pensão alimentícia, de um sujeito que devia para seus filhos infantes, nada mais nada menos, que oito mil reais. Sim, oito conto.
Dirigi-me até sua residência acompanhado de uma viatura da polícia militar. A casa do sujeito, obviamente não possuía campainha. Bati, então, diversas vezes minha esquálidas mãozinhas para chamá-lo. O sujeito apareceu. Dei-lhe ciência da ordem judicial, e de que ele seria conduzido para o presídio, onde sujeitos de origem afro-kid-bengalesca fariam farra em seu "fiofó" até que ele quitasse seu débito.
Ainda meio incrédulo, o sujeito indagou-me se haveria alguma alternativa, algo que ele pudesse fazer para evitar que seu traseiro fosse vilipendiado impiedosamente nos porões do medieval sistema penitenciário catarinense. Ao que respondi, na condição de "Longa manus" da Justiça: "não".
O sujeito respirou fundo, e se entregou aos policiais, não sem antes mandar um recado para sua ex-esposa "essa filha-da-puta quer foder comigo".
Moral da estória: use-camisinha, amiguinho.
Friday, March 28, 2014
Tutorial ilustrado passo-a-passo: como colocar a camisinha
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